top of page
Arquivo Pessoal.jpeg

EUSSOCIALIDADE DAS ABELHAS

A organização social das colônias

Por Ana Castilho

​

A eussocialidade é um alto e complexo nível de organização social da colônia, em que o membro adulto da colônia pertence à duas ou mais gerações sobrepostas, cuidam cooperativamente dos membros mais jovens e são divididos em castas sociais em reprodutivas, não reprodutivas ou pouco reprodutivas (WILSON & HÖLLDOBLER, 2005).
Os pesquisadores afirmam que existe uma explicação genética para a evolução deste comportamento social conhecido como seleção parental, em que a as abelhas da mesma colônia conseguem reconhecer umas as outras e inclusive discriminar geneticamente outras abelhas, realizando a manutenção da estrutura social (NUNES, 2008).
Os ninhos de insetos sociais possuem estruturas sociais mais complexos, possuem recursos que mantém essa estrutura, como ovo, larvas, estoques de alimentos, dentre outros, e é pelo reconhecimento de seus companheiros de ninhos que estas abelhas conseguem se prevenir contra danos causados por inimigos naturais (NUNES, 2008).
Esse reconhecimento se dá pela liberação de pistas olfativas presentes na cutícula do inseto, portanto, a composição da cutícula das abelhas confere a elas proteção contra desidratação e função comunicativa, responsável pelo reconhecimento de espécies, discriminação entre companheiros e não companheiros de ninho, reconhecimento de castas, reconhecimento da tarefa em execução de cada indivíduo e podem até indicar dominância e sinalizar fertilidade (NUNES, 2008).
Essas substâncias podem ser produzidas pelo indivíduo, que seria uma origem genética, como por exemplo algumas abelhas do gênero Apis em que as operárias conseguem diferenciar suas meio-irmãs e irmãs completas, alimentando preferencialmente suas irmãs completas (MORIZ & HEISLER apud NUNES, 2008).  Ou ainda podem ser adquiridas no ambiente que vivem, a partir de materiais utilizados na construção do ninho ou pelo odor da colônia, proveniente da rainha, diferenciando as abelhas companheiras ou não de ninho (NUNES, 2008).
A subfamília Apinae e a Meliponinae apresentam comportamento eussocial, a maioria das espécies da subfamília Bombinae são primitivamente sociais e a maioria das espécies de abelhas euglossíneas são solitárias (GALEANO, 2014).

​

GALEANO, Z. J. G. Análise filogenética das abelhas corbiculadas (Hymenoptera, Apidae, Apinae): uma análise de evidência total. 2014. 123 f. Tese (Doutorado em Ciências) - Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2014. NUNES, T. M. Reconhecimento parental em abelhas eussociais Neotropicais (Hymenoptera: Apinae, Meliponini): uma análise dos mediadores químicos e seus determinantes em Frieseomelitta varia. 2008. 80 f. Dissertação (Doutorado em Ciências) - Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2008.

WILSON, E. O. & HÖLLDOBLER, B. Eusociality: Origin and consequences. PNAS, USA, vol. 102, n. 38, p. 13367 - 13371, set.. 2005. Disponível em: <www.pnas.org/cgi/doi/10.1073/pnas.0505858102>. Acesso em: 30 abr. 2020.

uenp.uenp (3)marcad'agua.png

Projeto de Extensão Caracterização da Apicultura na Região do Norte Pioneiro do Paraná

Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP)

imagem proec - uenp - fundação araucária
uenp.uenp (3)marcad'agua.png
bottom of page