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CRISE DAS ABELHAS

Distúrbio do colapso das colônias

Por Giovana Moretto

O distúrbio do colapso das colônias (DCC) é o termo utilizado para referir-se ao desaparecimento repentino das abelhas adultas ou à redução, em poucos dias, do tamanho da colônia, mesmo na presença de crias, pólen e mel, sem que haja vestígios de morte das abelhas.

Esse fenômeno acontece em maior escala no continente europeu e na américa do norte, de acordo com Pettis e Delaplane (2010, apud Morais M. M., et al., 2012) dados coletados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostraram um declínio no número de colônias de aproximadamente 6 milhões em 1940 para 2,3 milhões em 2008. Esses números mostram o grande impacto econômico e ambiental.  

As abelhas normalmente apresentam doenças, porém as causas mais citadas até o momento para a perda de colônias têm sido: o ácaro Varroa destructor, o protozoário Nosema ceranae, o estresse causado pelo transporte a longas distâncias, a ausência de pólen, a presença de vírus (Acute Paralisis, APV; Israeli Acute Paralysis Virus, IAPV; Deform Wing Virus, DWV; etc.) e os pesticidas, sendo um dos mais citados o fripronil sendo altamente tóxico para as abelhas e amplamente usado na agricultura em vários países, inclusive no Brasil. Não foi ainda detectada uma causa única como o principal agente que determina o DCC. Tem sido sugerida uma complexa interação entre vários fatores e um efeito sinérgico entre eles que resultam no desaparecimento das colônias. Todos esses patógenos que têm sido associados ao DCC já foram encontrados no Brasil mas em menor escala (Morais M. M., et al., 2012).

A utilização de abelhas como polinizadores é de grande vantagem para a agricultura, somente nos Estados Unidos, as abelhas A. mellifera polinizam 95 culturas comerciais diferentes tendo um retorno da ordem de 25 bilhões de dólares/ano. Com a DCC ocorre um impacto direto na economia com a redução da produtividade e qualidade de cultivos polinizados e um impacto ambiental em efeito cascata pois a falta de abelhas resultaria na diminuição da polinização, que diminuiria a quantidade de diversidade genética, flores, frutas e pastos, que diminuiria a quantidade de animais que se alimentam deles.

 

MORAIS, M. M., et al. Perspectivas e Desafios para o Uso das Abelhas Apis mellifera como Polinizadores no Brasil. In: FONSECA, V L I et al. Polinizadores no Brasil contribuição e perspectivas para a biodiversidade, uso sustentável, conservação e serviços ambientais. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2012. p. 203-213.

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Projeto de Extensão Caracterização da Apicultura na Região do Norte Pioneiro do Paraná

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