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AS ABELHAS

Classificação e características

Por Ana Castilho

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Abelhas são animais pertencentes ao Reino Animalia, Filo Arthropoda, Superclasse Hexapoda, Classe Insecta, Ordem Hymenoptera, Subordem Apocrita, Superfamília Apoidea, Família Apide, que são subdivididas em 4 subfamílias: Subfamília Apinae, Subfamília Meliponinae, Subfamília Bombinae, Subfamília Euglossinae (GALLO, 2002).

É importante apontar que dentro da Superfamília Apoidea temos a presença de abelhas e mamangavas, insetos que se alimentam do néctar e pólen através de seu aparelho bucal do tipo lambedor, que produzem cera, mel e polinizam as plantas.

Dentro desta superfamília, temos as abelhas, que são caracterizadas pela presença de corbícula (uma concavidade na tíbia posterior que transporta o pólen) e temos também as as mamangavas, que não possuem corbícula, mas têm muitos pelos na tíbia posterior, formando a escopa, onde o pólen fica aderido. Esta característica, da presença de corbícula, é importante, pois algumas abelhas da subfamília Bombinae são parecidas com as mamangavas e muitas vezes assim chamadas, porém a presença da corbícula nelas é o que confirma que na realidade são abelhas (GALLO, 2002).

 

Subfamília Apinae

São abelhas que possuem ferrão, que vivem em sociedade com apenas uma rainha e vários zangões e operárias. No caso desta subfamília, a rainha é fecundada durante o voo nupcial por um ou mais zangões e depois coloca seus ovos nos alvéolos abertos de seu ninho e as larvas são alimentadas pelas operárias. Os óvulos não fecundados e colocados em alvéolos maiores darão origem aos zangões. Os óvulos fecundados colocados em alvéolos menores darão origem à rainha e operárias, com variação na alimentação recebia, pois a larva que receber geleia real como alimento dará origem à rainha. O mel é acumulado em alvéolos semelhantes (GALLO et al., 2002).

A Subfamília Apinae compreende as espécies do gênero Apis, sendo que dentre as espécies mais conhceidas, a Apis mellifera (abelha melífera do Oeste) e a Apis cerana (abelha melífera do Leste) são as de maior importância econômica (SEGEREN, 2004). A espécie A. mellifera possui diversas subespécies, como Apis mellifera mellifera (abelha real, alemã, comum ou negra), Apis mellifera ligustica (abelha italiana), Apis mellifera caucásica, Apis mellifera carnica (abelha carnica), Apis mellifera scutellata (abelha africana), Abelha africanizada (um híbrido das abelhas européias com a abelha africana) e muitas outras (CAMARGO et al., 2002).

A Apis mellifera é uma espécie exótica na região neotropical e compete com as abelhas nativas por recursos, é explorada comercialmente para produção de mel e tem sido usada na polinização de culturas, porém são as abelhas silvestres que desempenham esta função de maneira mais eficiente (GALEANO, 2014).

 

Subfamília Meliponinae

As abelhas pertencentes à esta subfamília não possuem ferrão, são indígenas possuem uma colônia com diversas rainhas ou abelhas mestras juntas em que apenas uma é fecundada. Os alvéolos destas abelhas são fechados e possuem pólen, mel e secreção glandular das operárias que será usada para a criação das larvas, que por sua vez se alimentarão sozinhas. Estes alvéolos possuem como função exclusiva a criação de larvas, portanto o mel é armazenado em potes grandes de cera (GALLO et al., 2002).

Esta subfamília possui dois gêneros principais: Melipona (abelha-tuiuva) e Trigona (abelha-jataí). No caso das Melipona, as rainhas têm origem a partir de ovo predeterminados, já nas Trigona, ocorre a formação da rainha através da diferença na alimentação, assim como as do gênero Apis (GALLO et al., 2002).

As abelhas da Subfamília Meliponinae constroem ninhos em pau oco, árvores ou cupinzeiros abandonados e seu mel é comestível.

 

Subfamília Bombinae

Estas abelhas são grandes e também possuem muita pilosidade (SILVEIRA et al. apud GALEANO, 2014), por isso podem ser parecidas com as mamangavas. As fêmeas têm ferrão, são sociais e produzem mel de qualidade inferior. Algumas espécies são utilizadas como polinizadoras de culturas, por exemplo, do tomate (ABAK et al., ESTAY et al. apud GALEANO, 2014). O gênero mais comum é Bombus (GALLO, 2002).

 

Subfamília Euglossinae

Estas abelhas são conhecidas por polinizarem orquídeas e coletar fragrâncias florais, existem em abundância em ambientes tropicais e subtropicais e a maioria de suas espécies possuem hábitos solitários (GALEANO, 2014).

 

 

CAMARGO, R. C. R. de. Sistemas de Produção: Produção de Mel. Teresina: Embrapa Meio-Norte, 2002.

GALEANO, Z. J. G. Análise filogenética das abelhas corbiculadas (Hymenoptera, Apidae, Apinae): uma análise de evidência total. 2014. 123 f. Tese (Doutorado em Ciências) - Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2014.

GALLO, D. et al. Entomologia Agrícola. Piracicaba: FEALQ, 2002.

SEREGEN, P. A apicultura nas regiões tropicais. Wageningen: Fundação Agromisa, 2004.

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Projeto de Extensão Caracterização da Apicultura na Região do Norte Pioneiro do Paraná

Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP)

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