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CASTAS

Organização das colônias

Por Ana Castilho

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Na colônia existem duas castas femininas (rainha e operária) e uma casta masculina (zangão), possuindo características em funções diferentes em cada casta.

 

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Rainha

Possuem um abdômen largo, tórax maior que das operárias, cabeça redonda e um ferrão grosso com formato de gancho, sendo a única fêmea capaz de pôr ovos. Na subfamília Apinae há uma rainha por colônia e se surgir uma segunda rainha, há um embate entre elas que só termina com a morte da mais fraca (SEREGEN, 2004).

Dias depois da instalação de um novo ninho, a rainha é expulsa da colmeia pelas operárias e, no ar, acasala com diversos zangões e os espermatozoides ficam armazenados em um saco no abdômen da rainha, fazendo com que ela possa pôr ovos fecundados (SEREGEN, 2004). Quando a rainha põe nos grandes alvéolos, nenhum espermatozoide é liberado do saco no abdômen da rainha, fazendo com que esta libere então, ovo não fecundado, que dará origem ao zangão. E os ovos fecundados são postos nos pequenos alvéolos. Como a produção de ovos é maior nos primeiros anos de existência da rainha, o apicultor trabalha preferencialmente com rainhas entre um e dois anos de idade (SEREGEN, 2004).

 

As operárias

Possuem uma cabeça triangular, um ferrão fino com pequenos ganchos e uma espécie de tubo na boca por onde extraem o néctar das flores, o transportam no “estômago de mel” ou “papo” e entregam para outra abelha na colmeia até chegar ao alvéolo do favo e lá ser introduzido. Durante esta ação, a água do néctar evapora e enzimas são acrescentadas, transformando açúcares compostos em simples (glicose e frutose) e quando o mel estiver “maduro”, a célula será selada com o mel operculado (SEREGEN, 2004).

O veneno das abelhas operárias, ou apitoxina, é produzido pelas glândulas de veneno nas duas primeiras semanas de vida da operária e armazenado no “saco de veneno” situado na base do ferrão (CAMARGO et al., 2002). Quando a abelha pica um animal, o ferrão fica preso à pele devido aos seus ganchos, então o ferrão é separado do reservatório de veneno e, por consequência aos danos causados no abdômen, a abelha morrerá (SEREGEN, 2004).

As abelhas jovens executam as tarefas da colmeia, como: limpeza das células, alimentação da rainha, zangões e larvas, guarda da colmeia, manutenção da temperatura da criação (35ºC), produção de cera, construção de favos e selagem das células de mel e de criação e conversão de néctar em mel maduro (SEREGEN, 2004). Após um período de tarefas na colmeia, a abelha vai orientar-se nas proximidades, fazer o reconhecimento das plantas e outros artefatos próximos à colmeia, buscam fontes de alimento e de água. 

 

Os zangões

Possuem aparência robusta, sendo mais largos que as operárias, porém menos comprido que a rainha e não possuem ferrão. São incapazes de se alimentarem sozinhos, portanto são alimentados pelas operárias, porém quando o alimento é insuficiente na colônia, eles deixam de ser alimentados e, posteriormente, são expulsos do ninho (SEREGEN, 2004). Sua única função é acasalar com uma rainha e, após o acasalamento, o órgão reprodutor se separa, danificando o abdômen do zangão, levando à sua morte.

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CAMARGO, R. C. R. de. Sistemas de Produção: Produção de Mel. Teresina: Embrapa Meio-Norte, 2002.

SEREGEN, P. A apicultura nas regiões tropicais. Wageningen: Fundação Agromisa, 2004.

Figura: Rainha (A), operária (B) e zangão (C). Fonte: Seregen, 2004.

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Projeto de Extensão Caracterização da Apicultura na Região do Norte Pioneiro do Paraná

Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP)

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